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Gravidez na adolescĂȘncia

Hoje é muito comum vermos notícias e conhecermos adolescentes que iniciam sua vida sexual muito cedo e logo engravidam, e que, simplesmente acionaram o “pensamento mágico” – isso não vai acontecer comigo!

Há uma discrepância entre o saber e o fazer, pois justamente quando se tem tanto acesso a informação, a estatística denuncia os números alarmantes. 

É importante saber que a causa desses males é, paradoxalmente, também a solução deles: a própria família.

A desestrutura familiar provoca uma lacuna na educação dos filhos, que não há como substituir. A escola tem papel importante e pode ajudar muito, porém sozinha, estará fadada ao fracasso, pois o papel fundamental não cabe à ela. 

A família, em busca do sustento e do conforto abriu mão de valorizar a relação afetiva, tentando suprir o ser com o ter, e assim falhou. Os filhos estão cada vez mais inseguros, tentando demonstrar a força pela agressividade, que mascara, na verdade, um ser frágil e carente da união familiar. É o modelo dos novos tempos. E em conseqüência disso, os jovens estão cada vez mais à mercê da própria sorte – com visão deturpada acerca dos valores, e com decisões erradas sobre o seu tão sonhado futuro.

O diálogo entre pais e filhos é sempre povoado de desconfiança, ameaças e falta de atenção de ambas as partes; e assim a falta de limites impera. 

Com a permissividade à solta, faz-se o que bem quer; e os prazeres são experimentados de forma inconseqüente. São o sexo e as drogas os que mais problemas trazem à família, pois á partir deles podemos conhecer os crimes que os  rondam: o abuso sexual, a pedofilia, a prostituição, o tráfico de drogas, o roubo, a violência, as relações de poder abusivo e muitos outros. 

A gravidez na adolescência em comparação com os problemas mencionados passa a falsa idéia de ser “dos males, o menor”, mas se levássemos em conta o que uma problemática dessas pode desencadear, haveria maior envolvimento e  união familiar.

Uma adolescente grávida, muitas vezes, pode criar raízes de rejeição, e ainda passar a gestação toda com pensamentos do tipo: - E agora? O que eu faço com essa criança?  Estraguei minha vida! Isso sem falar naquelas que amaldiçoam o próprio filho, ou naquelas que realizam o aborto. E aí não se desencaminha a vida de um somente, mas de muitos. Essa criança rejeitada, provavelmente terá sérios problemas de auto-estima, e com sérias tendências de ser influenciada por alguém – o que também vai depender de sua rede de relacionamentos; e isso é muito sério, pois com a sensação de abandono e desamparo ela poderá ser levada a conhecer o universo das drogas, e se lançar irresponsavelmente nas aventuras, em busca de adrenalina para dar um sabor a mais na sua vida, e com isso gerará sofrimento para muitos.

Em I Coríntios 10:23 a Bíblia nos diz que “todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas edificam”. Contudo, somente aqueles que têm os laços fortalecidos na relação familiar ou boas referências em sua vida, saberão discernir o que pode do que convém. 

O apoio familiar e o diálogo quando presentes são elementos fundamentais para o desenvolvimento da autoconfiança e o crescimento pessoal dos jovens. 

Lidar com adolescentes rebeldes e contestadores pode ser desgastante, mas deixá-los de lado tentando evitar o conflito, não o ajudará em nada. E nada mesmo! Com o passar dos tempos ele mesmo poderá culpá-lo pelo fracasso, alegando que você não impôs os limites devidos, porque não se importava com ele. 

No caso da gravidez na adolescência, é preciso estabelecer um diálogo saudável, em que o (a) jovem possa analisar a problemática e expressar a sua opinião, de forma a entender que a vinda de um filho num momento inoportuno será imprudente e prejudicará os seus estudos, sua vida social, além de exigir renúncias para cuidar e sustentar o filho.

E de nada adianta atribuir valores errados ao sexo – de que é feio sujo ou pecado. Sexo é fonte de prazer, sim, e precisa ser encarado como natural ao ser humano; necessitando sempre de muita informação e responsabilidade. 

É preciso estabelecer uma rede de proteção saudável, em que a família, a igreja e a escola possam unidas, criar dinâmicas e estratégias para resgatar e fortalecer valores tão importantes ao crescimento dessa geração que se apresenta cada vez mais vulnerável aos conflitos de sua época.

Saudações e até a próxima.
Laura Ferreira

DrÂȘ Laura Ferreira
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